Ao se encontrarem sozinhas, desprezadas e angustiadas diante de uma gravidez não planejada, algumas mulheres pensam que o aborto é […]
Publicado em: 15 dezembro 2011
Ao se encontrarem sozinhas, desprezadas e angustiadas diante de uma gravidez não planejada, algumas mulheres pensam que o aborto é uma saída. Mas o aborto não só mata uma vida indefesa, como também “mata por dentro os que praticam tal ato”. É o que acredita o membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom Joaquim Justino Carreira.
“A vida humana é um dom de Deus para a pessoa concebida e para a pessoa que tem um ser humano dentro do seu seio. Nós não somos donos da vida dos outros, somos protetores e por isso não podemos de forma alguma eliminar sumariamente a vida de ninguém”, salienta Dom Joaquim.
Mas que outras opções uma mulher tem ao se ver sozinha a espera de um filho? Um novo projeto implantado agora na Arquidiocese de São Paulo dá aconselhamento e amparo para mulheres em situações vulneráveis, incentivando que elas tenham seus filhos.
O Centro de Ajuda a Mulher (CAM) funciona na sede da Comunidade Unidos em Cristo, na Cidade de São Paulo, Bairro Santana, à Rua Dr. Gabriel Piza, nº 566, próximo à Estação Santana do Metrô.
O CAM oferece cursos de artesanato e capacitação para que as mães tenham condições de trabalhar e sustentar seus filhos. Mas se mesmo assim elas não puderem criá-los, o projeto aconselha que elas os coloquem para a adoção.
“O atendimento pode iniciar-se por telefone e continuar com a presença da pessoa no Centro de Atendimento. Existem diversas parcerias e voluntários preparados para acolher, esclarecer e ajudar as pessoas em suas necessidades concretas. Tudo se fará em defesa da vida da mãe e do filho que está em seu seio”, explica Dom Joaquim.
O telefone do CAM é o (11) 2099 0602 e o contato também pode ser feito por emailprojetocam.saopaulo@gmail.com.
Perdão e restauração
Mulheres que passaram pela dolorosa experiência da rejeição de uma gravidez encontram apoio também no Projeto Raquel para recuperar-se dos estragos físico, psicológicos e espirituais e restaurar-se como pessoa.
“A recuperação nesses três aspectos poderá ocorrer em etapas diferentes; por exemplo: o físico é logo depois recuperado, o psicológico e espiritual têm tempos próprios e é diferente para cada mulher. Restaurar é um processo intenso que envolve a pessoa como um ser bio-psico-espiritual, e essa é a proposta do projeto Raquel”, esclarece Eneida Carmona, fundadora da Comunidade Unidos em Cristo, que, além deste projeto, também está comprometida com o CAM.
Eneida e seu esposo Luiz Carmona, ambos fundadores da Comunidade Unidos em Cristo, afirmam que a experiência profissional mostra que a restauração de uma pessoa precisa ocorrer nessas três dimensões.
O contato com o Projeto Raquel pode ser feito pelo email projetoraquel.saopaulo@gmail.com e/ou pelo telefone (11) 2579 4175
A missão da Igreja não é excluir, mas incluir. Como explica Dom Joaquim, não é a Igreja que excomunga uma pessoa, mas ela mesma, a partir de um ato, se coloca em excomunhão.
“A Igreja só afirma esta verdade dizendo que este ato é abominável e destrói a criança, a pessoa que aborta e a sociedade. O trabalho desenvolvido em favor das pessoas que estão nesta situação de separação é para reconciliá-las com Deus e com os irmãos”, salienta o bispo.
A responsável pelo CAM ressalta que este processo é uma reconciliação também consigo mesma.
Fonte: Canção Nova