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Desafio viral na internet coloca em alerta pais e educadores

Conhecida como a ‘boneca Momo’, o novo desafio virtual já fez vítimas em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil […]

Publicado em: 31 agosto 2018


Conhecida como a ‘boneca Momo’, o novo desafio virtual já fez vítimas em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil

Mais um desafio viral tem tirado a paz de pais e jovens no mundo todo. A boneca Momo, como é conhecida, tem atraído jovens e adolescentes em países como Espanha, França, Alemanha, Argentina e até no Brasil. Um fenômeno parecido com o Baleia Azul.

Funciona assim: por meio de uma corrente, jovens recebem uma mensagem com um número, cujo código de área é o +81 (Japão) — há relatos, porém, de números de outros países. Ao adicionarem o número à lista de contatos do Whatsapp, uma imagem de uma boneca com os olhos arregalados, cabelos longos e pés de galinha surge no perfil.

Foto: Wesley Almeida – Canção Nova
Foto: Wesley Almeida – Canção Nova

Após adicionado, o personagem fictício começa a propor desafios que envolvem asfixia. No Brasil, há pouco mais de dez dias, um menino de apenas 9 anos se enforcou. Segundo informações, ele chegou a mencionar a tal boneca Momo à mãe, que não desconfiou de nada.

Especialistas defendem que os pais devem se manter atentos ao comportamento das crianças em casa e na escola. “O que de diferente meu filho está apresentando em termos de comportamento?”, indaga Ana Cláudia Goldner, diretora pedagógica do Colégio Dom Bosco, em Brasília. “Os pais devem perceber se seus filhos estão com medo, se estão mais acuados. Aqueles que atendemos aqui disseram que a filha não conseguia dormir. Eles têm que ter este olhar diferenciado”, acrescenta.

Para isto, é primordial que os pais estabeleçam laços e uma relação de confiança com as crianças. Segundo a psicóloga Lara Diamantino, só assim conseguirão saber o que se passa no mundo dos filhos e poderão controlar o que fazem de maneira menos invasiva. “Sabendo que a origem do conflito dos filhos começa dentro da dinâmica familiar, é por meio dela que a solução deve começar”, afirma a psicóloga. “Eles devem construir uma relação de confiança, de escuta, de credibilidade, respeito, compreensão, paciência e amor”, detalha Lara.

Ana Cláudia propôs aos pais do colégio uma reunião periódica em que este assunto será abordado. A pedagoga propôs aos pais que monitorem os filhos enquanto estiverem fora do ambiente escolar e, posteriormente, discutam isto em reunião. “Alertamos os pais para isto, a forma como as crianças veem as mídias, acessam o computador, esta forma preventiva tem que ser feita junto com eles”, diz.

Segurança virtual

Wesley de Toledo Costa, especialista em ciência da computação e segurança digital, explica que há ferramentas e aplicativos que podem ajudar a monitorar o que os filhos fazem na internet. O principal, porém, é adverti-los a não divulgar dados sigilosos em redes sociais ou aplicativos de mensagem instantânea — como o Whatsapp.

“Alguns aplicativos podem até bloquear ou monitorar o uso da internet”, afirma Costa. “Mas a melhor maneira ainda é estar atento ao que os filhos estão fazendo e conversar sobre a importância de se manter o sigilo sobre dados nas redes”, alerta. “O bom senso também é importante, por isso mantenha apenas em sua lista de contatos quem conheça e divulgue apenas os dados necessários”, acrescenta.

A origem da boneca Momo e seus desafios ainda são desconhecidos pelas autoridades. A imagem da boneca é, na verdade, uma escultura de uma mulher-pássaro que foi exposta em 2016 numa galeria de arte em Ginza, distrito de Tóquio.

A melhor prevenção é manter um diálogo saudável e aberto com os filhos. “A prevenção é o melhor caminho, para isso é importante que os pais aproximem-se mais de seus filhos, mostrem-se abertos a conhecer mais seu universo, demonstrem interesse real sobre o que pensam, o que sentem, sobre suas frustrações, seus desejos, suas expectativas, falar sobre tristezas, sobre coisas ruins, proporcionar um ambiente de acolhimento e confiança para que possam se sentir mais respeitados e não menos amados diante deste turbilhão de conflitos internos pelos quais estão passando”, finaliza.

Fonte: Canção Nova