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Feminismo radical é o maior inimigo da mulher

07 / mar / 2012

A luta das mulheres pelos direitos civis é bom para a sociedade e é apoiada pela Igreja. Mas padre Paulo Ricardo salienta que o feminismo radical, que quer abolir a diferença entre os sexos, é o maior inimigo da mulher.

“Este feminismo quer transformar as mulheres em cópias horrorosas de homens. A mulher não precisa se masculinizar para ser promovida e ter valor, ela podia continuar feminina, bela e delicada como Deus a criou. E é este feminismo que quer transformar mulheres em homens, que é o maior inimigo da mulher”, afirma padre Paulo Ricardo.

À luz de vários pronunciamentos de Papas e da Santa Sé, o sacerdote jesuíta Piersandro Vanzanluce examina a teoria do ‘gender’ – visão do feminismo radical, salientando que o real relacionamento entre homem e mulher é baseado numa correta reciprocidade antropológica.

A historiadora Karen Delnia explica que o movimento feminista em sua origem, quando surgiu no século XX, no ocidente, foi um movimento na luta pelo reconhecimento dos “direitos humanos revestidos em corpos femininos”, ou seja, luta pelo reconhecimento dos direitos civis.

O movimento feminista passou por três ondas: a primeira, durante o século XIX e início do século XX, queria igualdade total entre homem e mulher, buscando o reconhecimento dos direitos sexuais, reprodutivos e econômicos da mulher. A segunda, que começou no início da década de 1960 e seguiu até o fim da década de 1980, via homem e mulher como seres completamente diferentes e buscava o fim da discriminação. E, por fim, a terceira começa no início da década de 1990 e reconhece as diferenças, mas na complementaridade.

Na Encíclica Humanae Vitae, escrita em 1968, o Papa Paulo VI já destacava as mudanças que ocorriam na sociedade, reconhecendo a importância e o lugar da mulher na mesma, mas ressaltando a deturpação do sentido do matrimônio e da procriação.

Feminismo e feminilidade

O feminismo é um movimento de engajamento político e social, enquanto a feminilidade é uma característica da mulher presente no ponto de vista genético e espiritual.

“Existe a realidade da fêmea quanto tal que é uma realidade simplesmente animal. Nenhum animal fêmea tem feminilidade, porque ele não tem alma. A feminilidade é característica da alma feminina, que faz parte do projeto de Deus”, completa padre Paulo Ricardo.

A mulher tem características e virtudes que não se encontram geralmente nos homens. As principais características estão ligadas ao conceito espiritual da maternidade. A maternidade é algo que só o ser humano possui e que não pode se comparar com outros animais.

“Uma mãe foi feita por Deus para ser acolhedora, aconchegante e compreensiva. A mãe é o amor incondicional, é o amor que não exige nada do filho para ser amado. Isso é muito importante para a criança, alguém que o ama apesar de seus defeitos e pecados”, afirma padre Paulo.

Já o homem, explica ainda o sacerdote, é chamado à paternidade, sinônimo de limite e ordem, um desafio para a educação do filho. Assim, esse equilíbrio entre o feminino e o masculino, entre a maternidade e paternidade, que desenvolve plenamente a personalidade da criança.

A psicóloga Elaine Ribeiro ressalva que ser maternal não é simplesmente dar a luz a um filho, mas é uma característica presente na mulher em sua maneira de ser, como acolher um amigo com um abraço, com carinho. Este cuidado e atenção são características próprias das mulheres.

Karen Delnia salienta que ser mulher hoje comporta muitos conflitos internos como ser ou não ser mãe, carreira ou maternidade.

“Eu, no auge dos meus 33 anos diria que essa resposta encontra-se nas lágrimas de uma mulher ao ver uma criança nascer ou um indefeso sofrer. Não quero dizer que os homens não tenham os mesmos dilemas, têm sim, mas só vivem de forma bem masculina”, ressalva.

Confira nesta quarta-feira, 7, a terceira matéria da série especial sobre a mulher que trará a maternidade como dádiva de Deus conferida à mulher.

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